Economia

Crise no bolso: dinheiro preocupa mais que saúde e família

Para especialista, levantamento reforça a importância do planejamento no dia a dia; acompanhamento adequado é caminho para reduzir dívidas, ter uma relação saudável com o dinheiro e recuperar o equilíbrio financeiro

Entre brasileiros, bolso pesa mais que saúde e família

Entre as angústias que mais afetam a vida dos brasileiros, o dinheiro desponta como a principal. É o que mostra a mais recente edição da pesquisa “Raio-X da Saúde Financeira dos Brasileiros”, conduzida pela fintech Onze em parceria com a Icatu Seguros. O levantamento entrevistou 8.701 pessoas em todo o país e revelou que 49% têm a questão financeira como maior causa de apreensão, superando temas como saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%).

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Dos que colocam o orçamento no topo, 61% afirmam não ter recursos para lidar com emergências médicas. O estudo também aponta um agravamento do cenário: 51% dos brasileiros disseram que a renda mensal não cobre as despesas — um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2023. 

Os efeitos vão além das contas. Sete em cada dez entrevistados (72%) relataram impactos na saúde mental. Desses, 65% afirmaram ter desenvolvido ansiedade e metade sofre de insônia em razão das dificuldades financeiras. 

“A saúde humana é dividida em cinco dimensões: física, mental, emocional, espiritual e financeira. Quando uma delas falha, todo o conjunto é comprometido. E, na prática, vemos muitas pessoas adoecendo por falta de organização financeira”, avalia Paulo Saad, sócio-fundador da WFlow e assessor de investimentos.

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Segundo ele, os números reforçam a necessidade urgente de controle e planejamento. “Todos sabem quanto ganham, mas poucos sabem quanto custam. É fundamental entender isso, tanto no dia a dia quanto nos projetos de vida”, alerta. “Uma planilha simples já ajuda a monitorar despesas. Alguns aplicativos também são úteis, mas o importante é acompanhar receitas e gastos para buscar equilíbrio.” 

Para o especialista, reduzir dívidas e evitar novas contratações é prioridade. “Ganhar mais pode ser difícil, mas gastar menos está sob nosso controle”, destaca. “Manter uma reserva de emergência é essencial para garantir estabilidade e alcançar objetivos. Contar com apoio profissional de um assessor de investimentos também pode ser uma boa alternativa para estruturar e acompanhar o plano financeiro.” 

 CAMINHOS PARA RETOMAR O EQUILÍBRIO 

 Segundo Saad, mesmo em cenários de renda limitada, algumas medidas podem ajudar:  

– Monitorar despesas com planilhas ou aplicativos; 
– Equilibrar receitas e gastos, priorizando o essencial; 
– Negociar dívidas e evitar novas contratações; 
– Buscar aumentar a renda sempre que possível, sem deixar de ajustar o padrão de vida ao orçamento atual; 
– Contar com apoio especializado para estruturar e acompanhar o planejamento. 

Foto de capa: Divulgação

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