Quem circula pelas ruas e rodovias de São Paulo neste fim de ano encontra um cenário mais comum: blitz da Lei Seca em série. Dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Detran-SP mostram que o número de operações de fiscalização contra álcool ao volante quase dobrou em 2025, justamente em um dos períodos mais críticos do trânsito. Entre agora no canal oficial do Diário no Whatsapp e receba notícias em tempo real.
Ao longo do ano, foram 1.250 operações, com 795 mil veículos abordados e 19 mil motoristas autuados por infrações relacionadas à alcoolemia. O volume é recorde no estado e representa um aumento de 121% em relação a 2024.
Recusa ao bafômetro também dá multa pesada
Durante as operações, o motorista pode recusar o teste do bafômetro, mas isso não livra da punição. A recusa é considerada infração gravíssima e gera multa de R$ 2.934,70, além da abertura de processo para suspensão da CNH.
A mesma penalidade vale para quem dirige sob efeito de álcool dentro do limite administrativo previsto em lei. Se houver reincidência em até 12 meses, a multa dobra, chegando a R$ 5.869,40. Siga o @diariodesaojose.com.br no Instagram.
Quando beber e dirigir vira crime
Nos casos em que o teste aponta 0,34 mg de álcool por litro de ar expelido ou mais, a situação muda de patamar. A infração passa a ser crime de trânsito. O motorista é encaminhado ao distrito policial e pode responder a pena de seis meses a três anos de detenção, além de multa e suspensão do direito de dirigir.
Se a infração ocorrer durante o período de suspensão da CNH, o processo pode resultar em cassação da habilitação, obrigando o condutor a refazer todo o processo para voltar a dirigir após dois anos.
Desde 2023, o Detran-SP já realizou mais de 2.200 operações, com 1,4 milhão de veículos fiscalizados em todo o estado. A intensificação ocorre em meio ao aumento do fluxo de veículos, festas, confraternizações e viagens típicas de dezembro.
Na prática, o recado é direto: a chance de cair numa blitz aumentou — e o erro custa caro.
Foto de capa: Divulgação
