São Paulo atingiu no segundo trimestre de 2025 a menor taxa de desemprego da série histórica do IBGE iniciada em 2012. O índice de 5,1% coloca o estado em posição mais favorável que a média nacional (5,8%) e que a própria região Sudeste (5,3%). É o retrato de um mercado de trabalho que não só se fortaleceu nos últimos anos como também vem registrando patamares inéditos de formalização.
Segundo a Fundação Seade, são 24,353 milhões de pessoas ocupadas em São Paulo, um crescimento de 0,8% em relação ao primeiro trimestre e de 2,2% em comparação ao mesmo período de 2024. O número equivale a 24% de toda a ocupação do país. O volume de trabalhadores sem emprego também caiu: 1,319 milhão de paulistas estão desocupados, o menor patamar desde 2012.
Recorde de trabalhadores com carteira assinada
O estado concentra 30% dos empregados formais do Brasil. No setor privado, são 11,606 milhões de pessoas com carteira assinada, o maior número desde 2012. Esse contingente cresceu 5,2% em um ano e 0,7% em relação ao primeiro trimestre de 2025. Em contrapartida, o número de empregados sem registro caiu 10,8% em relação a 2024, passando de 2,677 milhões para 2,388 milhões.
Com isso, São Paulo alcançou 82,9% dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada — a segunda maior proporção do país. No Brasil, esse índice é de 74,2%.
Menor informalidade em oito anos
Outro dado de destaque é a taxa de informalidade, que ficou em 29,2% no estado, a menor desde 2017 e uma das três mais baixas do país. Para o IBGE, o resultado é consequência direta de um mercado aquecido, no qual oportunidades formais ganham espaço diante da expansão da economia paulista.
Rendimento em alta
O rendimento médio dos trabalhadores paulistas também cresceu e chegou a R$ 4.170 no trimestre — alta de 1,7% em relação tanto ao trimestre anterior quanto ao mesmo período de 2024. É o maior valor já registrado para segundos trimestres desde 2015. O estado supera a média nacional (R$ 3.477) e o rendimento do Sudeste (R$ 3.914), ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (R$ 4.205).
Setores da economia que mais empregam
Entre as atividades com maior número de ocupados estão comércio e reparação de veículos (4,471 milhões), indústria (3,7 milhões), informação, comunicação e serviços financeiros, imobiliários e administrativos (4,328 milhões) e administração pública, educação e saúde (3,973 milhões).
Desemprego em queda contínua
O recuo do desemprego em São Paulo já vinha sendo observado nos últimos anos. Em 2024, a taxa anual foi de 6,2%, a menor em 12 anos. Em 2023, estava em 7,5% e, em 2022, em 9,1%. Para efeito de comparação, em 2021, durante os reflexos da pandemia, o desemprego paulista atingiu 14,4%.
O resultado de 2025 reforça a tendência de recuperação e consolidação do mercado de trabalho paulista, que hoje combina geração de empregos, redução da informalidade e crescimento do rendimento médio, fatores que, juntos, ajudam a explicar por que o estado se mantém como a principal força empregadora do país.
Foto: Divulgação
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