53% da população sabe pouco ou nada do assunto, revela Pesquisa Observatório Febraban. Maioria, porém, se diz atenta ao controle das finanças pessoais
Economia

Maioria na região Sudeste admite entender pouco de educação financeira

53% da população sabe pouco ou nada do assunto, revela Pesquisa Observatório Febraban. Maioria, porém, se diz atenta ao controle das finanças pessoais

A maioria da população no Sudeste admite que entende pouco ou nada de educação financeira, mesmo considerando o assunto importante para a vida pessoal e profissional. É o que revela a 17ª edição da pesquisa semestral Observatório Febraban feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para a Febraban.

Na região, a pesquisa apurou que 53% da população não entende nada ou tem poucos conhecimentos sobre educação financeira, considerando itens nesse conceito como controle de despesas, endividamento, poupança e investimento. Porém, 91% reconhecem que o tema é muito importante, e 75% acreditam que o planejamento financeiro influencia na realização de sonhos e projetos pessoais.

No caminho dessa realização está o equilíbrio entre crédito e endividamento. “Educação financeira e endividamento são temas afins: a dificuldade de controlar gastos leva muitas pessoas a contraírem dívidas para cobrir despesas e imprevistos. No entanto, o mesmo contexto de desorganização financeira aumenta o risco de inadimplência”, afirma o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

De acordo com a pesquisa, 39% dos respondentes na região Sudeste afirmam estar atualmente endividados. Entre estes, 24% acreditam que terminarão 2025 mais endividados do que estavam no final do ano passado e 45% esperam reduzir seu nível de endividamento. Um terço (33%) acredita que vai conseguir pagar suas dívidas até o final do ano; outros 32% projetam essa quitação para 2026, enquanto 27% pensam que isso ainda vai demorar um pouco mais.

Dívidas trazem riscos à saúde mental

Para além da questão financeira, a pesquisa destaca uma dimensão importante do endividamento: o impacto na saúde mental das pessoas. No levantamento, entre os que declaram possuir dívidas, 75% afirmam que o endividamento afeta sua saúde emocional ou sua qualidade de vida.

Ao mesmo tempo, 63% dos entrevistados afirmam ter o hábito de poupar ou investir quando possível (32% fazem isso frequentemente e 31% às vezes). Em contrapartida, 26% afirmam espontaneamente não ter condições financeiras de poupar ou investir, mas fariam se pudessem.

O uso de crédito é uma prática considerada comum, com a maioria dos entrevistados (64%) no Sudeste afirmando utilizar pelo menos um meio de acesso a crédito pessoal, com destaque para o cartão de crédito (70%).

A pesquisa Observatório Febraban foi realizada entre os 12 e 26 de junho de 2025, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do Paíspara investigar o que os brasileiros entendem por educação financeira, como veem o nível de educação financeira no país, quais fontes de informação utilizam sobre finanças, o papel do planejamento financeiro na realização de projetos pessoais e práticas relacionadas

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