O primeiro mês de funcionamento dos ecopontos exclusivos para descarte de vidro em São José dos Campos resultou na coleta de aproximadamente 2,4 toneladas de material reciclável, segundo dados divulgados pela Urbanizadora Municipal (Urbam). A coleta, realizada nesta semana, envolveu 14 unidades que já estavam em operação e marcou a estreia prática do programa Vidro Vira Vidro, criado para separar o vidro do lixo comum e reinseri-lo diretamente na cadeia produtiva.
O volume recolhido indica adesão inicial da população ao novo modelo de descarte, ainda em fase de implantação. Diferentemente de outros resíduos, o vidro é 100% reciclável e reaproveitável sem perda de qualidade, o que torna sua coleta segregada um ponto estratégico na política de gestão de resíduos urbanos. Até então, grande parte desse material acabava misturada ao lixo comum ou descartada de forma irregular.
Atualmente, São José conta com 21 ecopontos instalados, cada um com capacidade para armazenar até 3 metros cúbicos de vidro. A logística de coleta é baseada em vistorias periódicas, que monitoram o volume acumulado e acionam o recolhimento conforme a demanda, evitando transbordamentos e descarte indevido no entorno.
Além da infraestrutura física, o programa aposta na mudança de comportamento como fator decisivo. Equipes de educação ambiental atuam junto a moradores e comerciantes próximos aos pontos de coleta para orientar sobre a separação correta do vidro e reduzir a contaminação do material com outros resíduos, condição essencial para a reciclagem efetiva.
A rede de ecopontos segue em expansão. Somente na região sul, sete novos pontos foram instalados em dezembro, ampliando o alcance do programa em bairros como Jardim Satélite, Bosque dos Eucaliptos, Parque Industrial e Cidade Jardim. Novas unidades também estão previstas para as regiões norte e sudeste, incluindo áreas de grande circulação.
Apesar do avanço, os números ainda representam uma fração do volume total de vidro descartado diariamente na cidade, o que coloca o desafio de escala como próximo passo. A consolidação do programa dependerá não apenas da ampliação dos pontos de coleta, mas da adesão contínua da população e da redução do descarte irregular fora do sistema.
Foto de capa: Divulgação/PMSJC










