O relato real de um sábado qualquer que virou tudo, menos comum.
Era para ser só uma pausa para comer coxinha no caminho para Campos do Jordão. Um desvio breve na rotina acelerada de quem empreende, organiza eventos e vive entre uma cidade e outra. Mas, naquele sábado de manhã, no Frango Assado da Carvalho Pinto, em São José dos Campos, o que começou com um lanche virou uma história que merece ser contada — e lembrada.
Diogo Cortez, fundador da Somm Vinhos, seguia com sua equipe para mais uma edição do evento FAM nas Alturas, quando viu a placa à beira da estrada: “Coxinha no Frango Assado”. O desvio foi inevitável. Parou, desceu, levou a mochila com o notebook por precaução, pediu duas coxinhas, comeu e seguiu viagem. Só não levou a mochila de volta.
O que poderia terminar em prejuízo material e estresse logístico virou um exercício involuntário de fé no outro. Diogo só percebeu o esquecimento mais de uma hora e meia depois, já em Campos. Tentou encontrar um telefone na internet. Nada. Decidiu então voltar, sem grandes esperanças. Estava pronto para contar com a sorte.
Mas a sorte, naquele dia, não era um conceito abstrato. Tinha nome e trabalhava ali.
Daiane Aparecida dos Santos, funcionária do Frango Assado, encontrou a mochila, cuidou, guardou. Esperou. Quando Diogo voltou, foi recebê-lo com um sorriso calmo e tranquilo, dizendo: “Tá aqui sim. Eu cuidei e guardei. Fica tranquilo.”
Essa foi a cena. Simples, direta, mas cheia de tudo que anda faltando por aí: atenção, integridade, empatia.
Diogo recompensou Daiane com um valor em dinheiro — que ela não esperava, mas agradeceu dizendo que “veio em boa hora” — e também com um presente da Somm Vinhos. Mas mais do que o gesto, foi o reconhecimento que ficou: Daiane não só devolveu uma mochila. Ela devolveu a confiança.
“Ela não só devolveu minha mochila. Mas sim, reforçou minha fé nas pessoas.”, escreveu ele nas redes.
O relato, que viralizou, também serviu como um lembrete de que empresas são feitas de gente. E que atitudes como essa — honestas, silenciosas, humanas — constroem marcas muito mais do que qualquer campanha publicitária.
“A mochila voltou. Mas eu voltei diferente”, concluiu Diogo.
E completou com o tipo de frase que só quem vive algo assim consegue dizer com certeza:
“A coxinha vale a parada.”
Foto: Divulgação
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