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Vale registra expansão nas locações e reflete impacto dos novos investimentos urbanos

Relatório do CRECISP mostra alta de 73% nas locações e retração nas vendas em outubro; dinâmica acompanha novos projetos públicos e privados na região

Vale do Paraíba registra forte expansão nas locações e reflete impacto dos novos investimentos habitacionais e urbanos

O mercado imobiliário do Vale do Paraíba encerrou outubro exibindo um comportamento que confirma a transformação urbana em curso na região. Segundo levantamento do CRECISP, as vendas de imóveis usados caíram 21,97% em relação a setembro, enquanto as locações cresceram 73,23%, resultado que sinaliza uma mudança temporária de demanda e a influência direta de obras habitacionais, novos loteamentos e projetos urbanos que se multiplicam nas principais cidades do eixo.

Em análise constante no relatório, o CRECISP afirma que “o mercado regional vive uma fase de reorganização, impulsionada pela chegada de novos empreendimentos e pela ampliação da oferta habitacional, o que naturalmente estimula o movimento de locação e reposiciona a dinâmica de compra e venda”. A leitura técnica indica que o Vale volta a atrair moradores, migrantes internos e trabalhadores vinculados a polos industriais e universitários, reforçando a vocação histórica da região como corredor urbano em expansão.

Locações disparam e revelam o perfil do novo morador do Vale

O estudo mostra que a procura por imóveis para alugar cresceu especialmente nas faixas de dois dormitórios e metragens entre 50 m² e 100 m², que concentram a maior parte dos contratos. A preferência se mantém tanto para casas quanto para apartamentos e tem reflexo direto no comportamento das famílias que procuram a região para trabalho, estudo e qualidade de vida.

A escolha por imóveis situados fora do centro repete a tendência observada desde o início do ano. Cerca de 45% das novas locações ocorreram em bairros periféricos, enquanto áreas nobres representaram 31% e regiões centrais, 23,5%. O CRECISP aponta que “a pressão por aluguel nas bordas urbanas reflete o avanço dos investimentos em mobilidade, equipamentos públicos e novos loteamentos, que ampliam a atratividade dessas áreas”.

A modalidade de garantia mais utilizada segue sendo o seguro-fiança, presente em 50,9% dos contratos — sinal de um público mais jovem, com menos fiadores disponíveis e maior adesão a soluções digitais e produtos financeiros imobiliários. Entre agora no canal oficial do Diário no Whatsapp e receba notícias em tempo real.

O tíquete médio das locações ficou concentrado entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, mantendo estabilidade e confirmando que 68% dos contratos foram fechados exatamente no valor anunciado, índice que revela confiança e pouca margem para negociação por parte dos proprietários.

Vendas recuam, mas acumulado do ano segue positivo

Apesar da queda expressiva nas vendas em outubro, o acumulado de 2025 permanece positivo: +31,37%. A retração do mês é interpretada pelos especialistas como movimento sazonal. Para o CRECISP, “o arrefecimento temporário das vendas acompanha o avanço das locações e a expectativa gerada pelos novos empreendimentos que deverão entrar no mercado a partir de 2026”. Siga o @diariodesaojose.com.br no Instagram.

As propriedades mais procuradas foram casas de dois dormitórios e apartamentos também de perfil compacto. 56,8% das vendas ocorreram em regiões periféricas, cenário compatível com o volume de lançamentos privados e a requalificação urbana promovida por prefeituras do eixo.

A CAIXA manteve a liderança nas modalidades de compra, financiando 53,8% dos imóveis vendidos. O relatório reforça que “a manutenção do acesso ao crédito tem sido determinante para sustentar o ritmo de vendas ao longo do ano”.

Cenário habitacional em expansão impulsiona o mercado

O estudo ressalta ainda o impacto dos novos projetos habitacionais anunciados e em execução. Entre eles, a entrega de 305 unidades do programa Casa Paulista em Lorena e o lançamento, em São José dos Campos, de um megaempreendimento urbano sustentável capaz de abrigar até 16 mil moradores. Obras dessa magnitude ampliam a expectativa positiva dos agentes imobiliários, aumentam o fluxo migratório e aquecem a procura por moradia intermediária — especialmente no aluguel.

O CRECISP sintetiza o movimento ao afirmar que “o Vale do Paraíba vive uma fase de consolidação imobiliária, beneficiado tanto por investimentos estatais quanto por iniciativas privadas que remodelam o território e fortalecem a atratividade regional”.

Um mercado em transição, mas em terreno firme

Mesmo com oscilações mensais, o comportamento estrutural permanece sólido. O crescimento acumulado das locações em 2025 (+34,88%) combinado ao saldo positivo das vendas reforça o entendimento de que a região segue sendo uma das mais dinâmicas do estado.

A análise conclui que “os indicadores imobiliários refletem um Vale do Paraíba que se moderniza, expande sua infraestrutura e se posiciona como destino de novos moradores, empresas e investimentos, sustentando a tendência de valorização para os próximos anos”.

Foto de capa: Divulgação

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