A frequência das idas ao banheiro pode revelar muito sobre a saúde intestinal. Apesar de ser um assunto considerado tabu por muita gente, mudanças bruscas no hábito, fezes muito ressecadas ou líquidas em excesso podem ser sinais de alerta.
Segundo a gastroenterologista Dra. Perla Schulz, da Rede de Hospitais São Camilo, evacuar até três vezes por dia ou até três vezes por semana é considerado dentro da normalidade. “A chamada ‘normalidade’ pode variar de pessoa para pessoa. O mais importante é a regularidade e a consistência. Há quem evacue três vezes por dia, e outros que o façam a cada dois dias, sem prejuízos à saúde. O que precisa ser observado são mudanças no padrão e consistência das fezes, presença de dor, sangue, esforço excessivo ou fezes muito duras ou aquosas”, explica.
O que dizem os estudos
Um levantamento da Universidade de Harvard, publicado no periódico Gut, concluiu que evacuar até três vezes por dia está associado a menor risco de doenças digestivas. Já a constipação crônica — definida como ir ao banheiro menos de três vezes por semana — pode causar desconforto recorrente, distensão abdominal, hemorroidas e complicações adicionais.
Fatores como alimentação, hidratação insuficiente, sedentarismo, estresse, uso de medicamentos e doenças associadas influenciam diretamente na regularidade intestinal.
“Pessoas com dieta pobre em fibras e ingestão inadequada de água tendem a sofrer mais com prisão de ventre. Já quadros de diarreia recorrente também merecem atenção, pois podem estar ligados a intolerâncias alimentares, síndromes intestinais ou infecções”, complementa Dra. Perla.
Dicas para manter o intestino saudável
- Hidratação: beber ao menos 2 litros de água por dia.
- Fibras na dieta: incluir frutas, vegetais, legumes e grãos integrais.
- Movimento: prática regular de exercícios físicos.
- Alimentação equilibrada: evitar ultraprocessados e excesso de fibras.
- Controle do estresse: adotar hábitos e técnicas de relaxamento.
- Cautela com laxantes: uso frequente pode causar dependência.
- Respeite o corpo: não segurar a vontade de evacuar.
A especialista reforça que mais importante que a frequência é a qualidade da evacuação: fezes bem formadas, sem dor e com eliminação completa indicam um bom funcionamento intestinal.
Caso alterações sejam persistentes ou acompanhadas de sintomas como dor, sangue ou perda de peso, é essencial buscar avaliação médica.
Foto: Divulgação
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